22 de maio: Dia Internacional da Diversidade Biológica 2014
Marcelo
Barros
Adital
Todos os
anos, a ONU consagra 22 de maio como o "Dia Internacional da Biodiversidade”.
O objetivo é de que a humanidade inteira saiba do que se trata e possa cuidar
melhor do futuro do nosso planeta. Há apenas alguns dias, concluiu-se em Boon,
na Alemanha, um encontro a mais dos muitos sobre a convenção do clima. Essa
reunião congregou representantes de diversos países para preparar o acordo de
governantes que se reunirão no próximo ano sobre esse assunto.
A meta é
que eles se comprometam a reduzir as emissões de poluentes na atmosfera e assim
diminuir o aquecimento global. Conforme parece, esse compromisso engaja os
governos a partir de 2020 e não se sabe ainda se a redução prevista será de 12%
ou um pouco mais. Para quem sabe da realidade do mundo, esse acordo parece
tímido e acanhado, mas já será uma grande vitória devido à prioridade dos
governos que visam sempre o crescimento econômico e a manutenção do sistema
atual que domina o mundo.
Atualmente,
toda pessoa esclarecida sabe que, segundo dados da ONU, desde 1970 ate agora, a
biodiversidade da terra foi destruída em mais de 30%. Estão em risco de
extinção 22% das espécies de mamíferos, 23% dos anfíbios e 25% dos répteis.
Essa realidade está ligada à destruição anual das florestas que continua sem
solução. No Brasil, o novo código florestal parece mais preocupado em garantir
o lucro do agronegócio e a expansão das fronteiras agrícolas do que em proteger
e preservar a natureza e as florestas ainda existentes no país.
Um dos
motivos da perda da biodiversidade é o aquecimento global, produzido pelo modo
como a sociedade explora a terra, a água e toda a natureza. Ricardo Abramovay,
professor da Universidade de São Paulo, afirmou: "durante o século XX, a
extração de recursos da superfície terrestre cresceu oito vezes e alcançou um
total de 60 bilhões de toneladas anuais, a partir somente do peso físico de
quatro elementos: materiais de construção, minerais, combustíveis fósseis e
biomassa” (citado por Washington Novaes (O Estado de São Paulo, 13/04/ 2013).
Em sua
história, o planeta Terra já passou por várias crises e fases de
transformações. No entanto, nessa crise atual há um elemento novo: essas
mudanças que afetam a vida no planeta estão sendo produzidas pela própria
sociedade humana. E dessa vez, se permitimos que esse caminho de destruição
prossiga, não haverá uma arca de Noé como em filmes de ficção científica que
sempre preveem uma salvação para os nossos heróis. Por isso, a ONU chama a
atenção de todos para o tema da biodiversidade e sobre o estado atual da
Terra.
Essa
atenção da ONU à Terra se vincula a um movimento mundial que elaborou a
"Carta da Terra”, documento coletivo que servirá para a ONU como uma carta
universal sobre os direitos da Terra e da natureza. Direitos no sentido de
necessidades urgentes e direitos de cuidado que a Terra precisa para continuar
cumprindo sua função de nos acolher, nos alimentar e nos dar os elementos
indispensáveis para uma vida digna e feliz.
Atualmente,
a ONU reconhece que as culturas indígenas são as que mais contribuem para que
olhemos a terra de um modo mais respeitoso e dialogante. Nas últimas décadas, a
partir dos trabalhos do cientista James Lovelook, a própria ciência começou a
ver a Terra como organismo vivo e inteligente que
reage ao ambiente e cria condições próprias para a vida. Nós, humanos, fazemos
parte dessa comunidade da vida.
No
domingo passado, as Igrejas mais antigas celebraram a festa de Pentecostes,
encerramento das festas pascais e agradecimento pelo fato de que o Espírito de
Deus se espalha por todo o universo e se manifesta em toda a natureza.
Um dos
refrões mais comuns usados nessa celebração é a palavra do salmo 104: "Tu
envias teu Espírito, Senhor, e renovas a face de toda a terra.” De fato,
para quem crê que Deus é amor, a terra e todos os seres vivos são sinais e
sacramentos de sua presença. Em uma sociedade que vê tudo como mercadoria e
perdeu a consciência da dignidade da terra, é importante que a espiritualidade
resgate essa dimensão ecológica da comunhão universal e que nos une à Terra e a
todo o universo. O cuidado diário com a biodiversidade é uma forma de
testemunhar que reconhecemos essa presença divina no universo. Como diz o salmo
19: "Os céus revelam a gloria de Deus presente e o universo inteiro
testemunha ser por ele criado” (Sl 19, 1).
Dia Internacional da
Diversidade Biológica 2014
O legado
de uma história evolutiva única estes ecossistemas são tesouros
insubstituíveis. Eles também são a chave para a identidade de 600 milhões
de habitantes da ilha-um décimo da população do mundo vida, economia, bem-estar
e cultural. Leia mais sobre a importância
das ilhas.
O
tema biodiversidade insular foi escolhido para coincidir com a
designação pela Assembleia Geral das Nações Unidas de 2014 como o Ano Internacional dos Pequenos
Estados Insulares em desenvolvimento .
Além disso, o tema foi escolhido para corresponder com o momento
da decisão da COP
XI/15 parágrafo 1 (a) "para fortalecer a implementação
do programa de trabalho sobre a
biodiversidade insular ".Leia a notificação.
https://www.cbd.int/idb/2014/
https://www.cbd.int/idb/2014/