ALERTA MOSQUEIRO! É MARÉ CHEIA!
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Imagem:
Praia do Porto Arthur - Mosqueiro
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O período mais chuvoso na Amazônia combinado com as
marés mais altas do ano em alguns pontos da região geram graves problemas
ambientais, mais ainda com a mudança da rotina em inúmeras comunidades afetas
as enchente e transbordamentos dos corpos d’águas, como rios, igarapés e
córregos, seja na área rural ou nos ambientes citadinos.
Se por um lado, as “grandes águas” da Amazônia
chegam a deslumbrar visitantes por seu poder e beleza, por outro lado a combinação
de chuva forte com o aumento do nível dos rios chegam a causam sérios desastres
a inúmeras comunidades. Convivemos com o transbordamento dos canais que cortam
cidades como Belém localizada às margens da Baía do Guajará, Suas ilhas, a
exemplo do arquipélago de Mosqueiro e seu ambiente praiano, quando chega este
período, recebe forte alcance das forças encantadoras, mas também destruidora
das marés.
Marés altas, se não tá pra muito peixe, muito menos está
para moradores ribeirinhos e ocupantes da faixa de orla e banhistas! Assim,
soou o Alerta pelo Sistema de Defesa Civil! Janeiro, fevereiro e março de 2013
a Ilha de Mosqueiro terá as maiores marés dos últimos 20 anos, chegando ao
nível de 4,0 metros!
A subida da maré aliada ao período chuvoso trará consigo a erosão em alguns pontos do balneário aumenta o risco de enchentes, enxurradas e alagamento de ruas próximas à orla. As praias Grande, Baía do Sol e do Bispo possuem diversas construções irregulares, como barracas de vendas de alimentos e bebidas e até residências que podem desabar com a maré mais alta. Algumas áreas de falésias sofrerão desgastes intensos como na faixa denominada “muriramba”, no São Francisco e outros pontos da orla. Imprevisível será o impacto do fenômeno no Marahú, faixa de orla praiana que vem sendo castigado ano após ano pelo efeito das marés altas.
A subida da maré aliada ao período chuvoso trará consigo a erosão em alguns pontos do balneário aumenta o risco de enchentes, enxurradas e alagamento de ruas próximas à orla. As praias Grande, Baía do Sol e do Bispo possuem diversas construções irregulares, como barracas de vendas de alimentos e bebidas e até residências que podem desabar com a maré mais alta. Algumas áreas de falésias sofrerão desgastes intensos como na faixa denominada “muriramba”, no São Francisco e outros pontos da orla. Imprevisível será o impacto do fenômeno no Marahú, faixa de orla praiana que vem sendo castigado ano após ano pelo efeito das marés altas.
Segundo as previsões dos
órgãos de pesquisas hidrográficas do país e de defesa civil do estado os três
primeiros meses do ano, a ilha de Mosqueiro conviverá com muitas marés altas e
muito altas. No mês de janeiro temos três marés com altura chegando a 4,0 metros
(com coeficiente de muito alto) entre os dias 11 e 14. No mês seguinte, acontecerão
duas marés de 4,0 m, entre os dias 10 e 11. Já no temido mês de março
acontecerá apenas uma maré de tal altura.
O
coeficiente
de marés de hoje (11/01) é 101
(muito alto). Com este coeficiente tão
alto teremos grandes marés e também as correntezas serão muito notórias. As alturas
das marés de hoje são 0,4 m, 3,5 m, 0,5 m y 3,6 m. Podemos comparar estes níveis com a preia-mar
máximo registrada nas tabelas de marés de Ilha do Mosqueiro que é de 3,9 m e a
altura mínima 0,1 m.
Consulte as Tábuas das Marés em:
www.mar.mil.br/dhn/chm/tabuas/index.htm
www.mar.mil.br/dhn/chm/tabuas/index.htm
OCORRÊNCIAS
DAS MARÉS
Num
campo gravitacional terrestre ideal, ou seja, sem interferências, as águas à
superfície da Terra sofreriam uma aceleração idêntica na direção do centro
de massa terrestre, encontrando-se assim numa situação isopotencial
(situação A na imagem). Mas devido à existência de corpos com campos
gravitacionais significativos a interferirem com o da Terra (Lua e Sol), estes
provocam acelerações que atuam na massa terrestre com intensidades diferentes.
Como os campos gravitacionais atuam com uma intensidade inversamente
proporcional ao quadrado da distância, as acelerações sentidas nos diversos
pontos da Terra não são as mesmas. Assim (situação B e C na imagem) a
aceleração provocada pela Lua têm intensidades significativamente diferentes
entre os pontos mais próximos e mais afastados da Lua.
Desta
forma as massas oceânicas que estão mais próximas da Lua sofrem uma aceleração
de intensidade significativamente superior às massas oceânicas mais afastadas
da Lua. É este diferencial que provoca as alterações da altura das massas de
água à superfície da Terra.
Quando
a maré está em seu ápice chama-se maré alta, maré cheia ou preamar;
quando está no seu menor nível chama-se maré baixa ou baixa-mar.
Em média, as marés oscilam em um período de 12 horas e 24 minutos. Doze horas
devido à rotação da Terra e 24 minutos devido à órbita lunar.
A
altura das marés alta e baixa (relativa ao nível do mar médio) também varia.
Nas luas nova e cheia, as forças gravitacionais do Sol estão na mesma direção
das da Lua, produzindo marés mais altas, chamadas marés de sizígia. Nas
luas minguante e crescente as forças gravitacionais do Sol estão em direções
diferentes das da Lua, anulando parte delas, produzindo marés mais baixas
chamadas marés de quadratura.
TERMINOLOGIA
- Preia-mar (ou preamar) ou maré alta - nível máximo de uma maré cheia.
- Baixa-mar ou maré baixa - nível mínimo de uma maré vazante.
- Estofo - também conhecido como reponto de maré, ocorre entre marés, curto período em que não ocorre qualquer alteração na altura de nível.
- Maré enchente - período entre uma baixa-mar e uma preia-mar sucessivas, quando a altura da maré aumenta.
- Vazante - período entre uma preia-mar e uma baixa-mar sucessivas, quando a altura da maré diminui.
- Altura da maré - altura do nível da água, num dado momento, em relação ao plano do zero hidrográfico.
- Elevação da maré - altitude da superfície livre da água, num dado momento, acima do nível médio do mar.
- Amplitude de marés - variação do nível das águas, entre uma preia-mar e uma baixa-mar imediatamente anterior ou posterior.
- Maré de quadratura - maré de pequena amplitude, que se segue ao dia de quarto crescente ou minguante.
- Maré de sizígia - as maiores amplitudes de maré verificadas, durante as luas nova e cheia, quando a influência da Lua e do Sol se reforçam uma a outra, produzindo as maiores marés altas e as menores marés baixas.
- Zero hidrográfico - nível de referência a partir da qual se define a altura da maré; é variável de país para país, muitas vezes definida pelo nível da mais baixa das baixa-mares registRadas (média das baixa-mares de sizigia) durante um dado período de observação maregráfica.
Fonte:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Mar%C3%A9
MARÉS
E NAVEGAÇÃO
A
superfície dos mares não permanece estacionária. Devido, principalmente, às
atrações da Lua e do Sol, a massa líquida se movimenta no sentido vertical,
dando origem às marés e, também, horizontalmente, provocando as correntes de
maré.
Ademais, o aquecimento desigual dos diferentes pontos da Terra pelo Sol e os grandes sistemas de vento resultantes dão origem às correntes oceânicas.
Ademais, o aquecimento desigual dos diferentes pontos da Terra pelo Sol e os grandes sistemas de vento resultantes dão origem às correntes oceânicas.
Quando o navio se encontra em locais profundos, o
conhecimento preciso da altura da água em relação ao fundo do mar não tem maior
significado. Entretanto, em águas rasas, é este conhecimento que permitirá
definir em que ocasiões e quais as áreas, portos ou canais onde um navio pode
navegar com segurança.
As correntes de maré também deverão ser levadas em conta na navegação em águas restritas, quando não se pode permitir que o navio se afaste da derrota prevista. O conhecimento antecipado da direção e velocidade desta corrente facilitará o planejamento, não só da derrota, como também da atracação/desatracação e dos horários mais convenientes às manobras.
Para o navegante o conhecimento da maré e das correntes de maré é importante porque lhe permitirá decidir sobre:
a. possibilidade de passar em locais de pouco fundo;
b. datas, horários e velocidades convenientes para navegar nestes locais;
c. rumos na superfície para obter os rumos no fundo desejados;
d. escolha do bordo de atracação, tipo de amarração e folgas adequadas das espias; e
e. necessidade de parar motores e máquinas refrigeradas à água salgada, em determinados períodos, para evitar que as tomadas d’água, por ficarem no fundo do casco, aspirem lama ou areia.
As correntes de maré também deverão ser levadas em conta na navegação em águas restritas, quando não se pode permitir que o navio se afaste da derrota prevista. O conhecimento antecipado da direção e velocidade desta corrente facilitará o planejamento, não só da derrota, como também da atracação/desatracação e dos horários mais convenientes às manobras.
Para o navegante o conhecimento da maré e das correntes de maré é importante porque lhe permitirá decidir sobre:
a. possibilidade de passar em locais de pouco fundo;
b. datas, horários e velocidades convenientes para navegar nestes locais;
c. rumos na superfície para obter os rumos no fundo desejados;
d. escolha do bordo de atracação, tipo de amarração e folgas adequadas das espias; e
e. necessidade de parar motores e máquinas refrigeradas à água salgada, em determinados períodos, para evitar que as tomadas d’água, por ficarem no fundo do casco, aspirem lama ou areia.
Para decidir quanto aos aspectos da possibilidade
de passar em certo local, datas e horários mais convenientes, é preciso que se
observe que (figura ao lado):
Em qualquer instante, a profundidade (C) é igual a sondagem apresentada na Carta Náutica (D) mais a altura da maré (E):
C = D + E
Nos ecobatímetros, é normalmente medida a distância vertical (B) entre a quilha do navio e o fundo do mar que, somada ao calado (A) dará a profundidade (C):
C = B + A
Em qualquer instante, a profundidade (C) é igual a sondagem apresentada na Carta Náutica (D) mais a altura da maré (E):
C = D + E
Nos ecobatímetros, é normalmente medida a distância vertical (B) entre a quilha do navio e o fundo do mar que, somada ao calado (A) dará a profundidade (C):
C = B + A
Para decidir quanto à velocidade, é preciso ter em
mente que, na maioria dos navios e dentro dos seus atuais limites de
velocidade, quando a velocidade aumenta a sua popa afunda e, conseqüentemente,
para não tocar no fundo haverá necessidade de maior profundidade (maior lazeira
de água abaixo da quilha).
Não se pode, também, esquecer que o navio caturra e que a sua arfagem pode exigir aumentos na profundidade mínima que o navio necessitaria para passar, sem bater no fundo, em determinado local. Especial atenção deve ser dada a este fator de segurança quando se tratar de navios de boca estreita e compridos, que “enterram” bastante suas proas se sujeitos a ondas, principalmente com mar de través para vante.
A escolha de rumos na superfície, bem como o bordo de atracação e tipo de amarração, está ligada às correntes de maré.
A folga das espias é função principalmente da amplitude da maré, mas alguns outros aspectos estão também envolvidos, como: intensidade da corrente; direção e força dos ventos; situação de carga (navio leve ou carregado), onde se incluem os recebimentos ou transferências de água e óleo; existência e utilização de amarreta e tipo do cais (se flutuante ou fixo).
Os elementos necessários à tomada destas decisões são conseguidos em várias fontes.
As principais são:
a. Tábuas das Marés;
b. Quadros de Informações sobre a Maré representados nas Cartas Náuticas;
c. Cartas de correntes de maré;
d. Informações sobre correntes de maré constantes de determinadas Cartas Náuticas;
e. Roteiro; e
f. Almanaque Náutico.
Não se pode, também, esquecer que o navio caturra e que a sua arfagem pode exigir aumentos na profundidade mínima que o navio necessitaria para passar, sem bater no fundo, em determinado local. Especial atenção deve ser dada a este fator de segurança quando se tratar de navios de boca estreita e compridos, que “enterram” bastante suas proas se sujeitos a ondas, principalmente com mar de través para vante.
A escolha de rumos na superfície, bem como o bordo de atracação e tipo de amarração, está ligada às correntes de maré.
A folga das espias é função principalmente da amplitude da maré, mas alguns outros aspectos estão também envolvidos, como: intensidade da corrente; direção e força dos ventos; situação de carga (navio leve ou carregado), onde se incluem os recebimentos ou transferências de água e óleo; existência e utilização de amarreta e tipo do cais (se flutuante ou fixo).
Os elementos necessários à tomada destas decisões são conseguidos em várias fontes.
As principais são:
a. Tábuas das Marés;
b. Quadros de Informações sobre a Maré representados nas Cartas Náuticas;
c. Cartas de correntes de maré;
d. Informações sobre correntes de maré constantes de determinadas Cartas Náuticas;
e. Roteiro; e
f. Almanaque Náutico.
Profundidades representadas nas Cartas Náuticas
As profundidades
representadas nas cartas náuticas são sempre “reduzidas”. Isto significa dizer
que as profundidades têm origem no plano de referência conhecido como nível de
redução (NR) e não na superfície da água. Desta forma, as variações do nível
das águas por influência das marés ou em decorrência dos períodos de cheias e
vazantes dos rios são subtraídas.
Nas
áreas próximas ao estuário do rio Amazonas, onde é predominante a influência
das marés, são montadas estações maregráficas que visam a realizar observações
contínuas do nível das águas por um período de 02 (dois) anos nas estações da
rede principal e trinta e dois (32) dias nas estações da rede secundária.
Maregrafo
As
observações são avaliadas e validadas, permitindo assim a inserção desses dados
no sistema de maré, que calculará o nível médio (NM), a altitude da RN da
estação, a semi-amplitude máxima da maré(Zo) e o nível de redução (NR). O NR é
então materializado no terreno por meio de referências de nível (RN), após
medições topográficas de nivelamento geométrico.
São construídas fichas de descrição da estação maregráfica que descrevem as RN existentes e as cotas entre as RN e o NR, permitindo a reocupação dessas estações em futuros LH e a conexão de séries de marés observadas na estação em diferentes reocupações.
É possível ainda, a produção de previsões das alturas das marés, acima do NR, para qualquer período do ano.
Nas áreas sem influência das marés, onde predominam os períodos de cheias e vazantes dos rios, são empregadas as estações fluviométricas pertencentes à Agência Nacional de Águas (ANA). Nessas estações são realizadas observações diárias do nível das águas por períodos longos e contínuos. Diferentemente das estações maregráficas o NR é resultante de cálculo estatístico, que garante o nível das águas acima do NR em 90% das observações.Para o cálculo estatístico são utilizadas, em média, séries históricas de vinte (20) anos de observações.
Assim como nas estações maregráficas o NR é materializado no terreno por meio de referências de nível (RN), após medições topográficas de nivelamento geométrico, sendo elaboradas fichas de descrição da estação fluviométrica que descrevem as RN existentes e as cotas entre as RN e o NR, permitindo a reocupação dessas estações em futuros LH.
São construídas fichas de descrição da estação maregráfica que descrevem as RN existentes e as cotas entre as RN e o NR, permitindo a reocupação dessas estações em futuros LH e a conexão de séries de marés observadas na estação em diferentes reocupações.
É possível ainda, a produção de previsões das alturas das marés, acima do NR, para qualquer período do ano.
Nas áreas sem influência das marés, onde predominam os períodos de cheias e vazantes dos rios, são empregadas as estações fluviométricas pertencentes à Agência Nacional de Águas (ANA). Nessas estações são realizadas observações diárias do nível das águas por períodos longos e contínuos. Diferentemente das estações maregráficas o NR é resultante de cálculo estatístico, que garante o nível das águas acima do NR em 90% das observações.Para o cálculo estatístico são utilizadas, em média, séries históricas de vinte (20) anos de observações.
Assim como nas estações maregráficas o NR é materializado no terreno por meio de referências de nível (RN), após medições topográficas de nivelamento geométrico, sendo elaboradas fichas de descrição da estação fluviométrica que descrevem as RN existentes e as cotas entre as RN e o NR, permitindo a reocupação dessas estações em futuros LH.
Características
gerais da maré no Brasil
A
costa brasileira caracteriza-se por um regime de maré predominantemente semidiurna,
com ocorrência de maré semidiurna com desigualdades diurnas a partir da região
sudeste em direção ao sul, enquanto a maré mista aparece apenas no extremo sul
do país, com forte componente meteorológica. A amplitude da maré varia de
0,5m (micro maré) no sul a 7m (macro maré) no norte, com registro de
ocorrência máxima e pontual de 11m na estação do Igarapé do Inferno(AM),
predominando o regime de meso maré.
Amplitudes de maré na costa brasileira
(Fonte: Vellozo, T.G. e Alves, A.R. - Características gerais do fenômeno da maré no Brasil. Anais Hidrográficos da Diretoria de Hidrografia e Navegação , Tomo LXI, 2006.).
(Fonte: Vellozo, T.G. e Alves, A.R. - Características gerais do fenômeno da maré no Brasil. Anais Hidrográficos da Diretoria de Hidrografia e Navegação , Tomo LXI, 2006.).
- A linha pontilhada azul representa os limites
de micro, meso, macro e hipermaré.
- A Linha encarnada contínua representa as faixas de
latitude onde ocorrem as principais mudanças.
Fonte: