Quais serão os Impactos Socioambientais da Usina Belo Monte?

Rafaela | Publicado:16 de junho de 2011 Ambientebrasil

Enquanto o governo afirma que a construção da Belo Monte é essencial para garantir o fornecimento de energia para o país, ambientalistas denunciam enormes impactos socioambientais.
Abaixo, estão alguns fatos sobre a Usina, publicados pelo Planeta Sustentável. Os principais argumentos contra a sua construção são o desmatamento da Amazônia e o desalojamento de mais de 20 mil pessoas, mas quando estiver pronta (estima-se que em 2015), será a terceira maior hidrelétrica do mundo, só perdendo para a chinesa Três Gargantas e para a brasileiro-paraguaia Itaipu.
PANDORA AMAZÔNICA
Os protestos contra a construção de Belo Monte contam com o apoio de James Cameron (Titanic e Avatar), que disse ter intenção de filmar um documentário sobre a usina
O projeto da usina: em obras
Com cinco pontos de construção, a usina terá um reservatório principal, um canal de derivação, um vertedouro complementar e uma casa de força. Com as obras, serão criados cerca de 40 mil empregos diretos e indiretos
Impacto: sem floresta
Além da destruição da floresta associada à construção da usina, ecologistas temem que a ocupação desordenada das áreas do entorno de Belo Monte, incentivada pela chegada de migrantes e pela construção de vilas, intensifique ainda mais o desmatamento
O projeto da usina: reservatórios
A hidrelétrica terá dois lagos: os reservatórios do Xingu e dos Canais. Com a construção da barragem principal, a calha do rio será alargada. A partir do bloqueio, as águas serão desviadas para um canal
Impactos: efeito inverso
A barragem do rio Xingu causará a inundação constante dos igarapés de Altamira – e não sazonal, como de costume. Com o bloqueio do rio, um trecho de 100 km terá a vazão reduzida e pode até secar
O projeto da usina: canal de derivação
Com 130 m de largura, 20 km de extensão e 27 m de profundidade, o canal vai alterar o leito original do rio. Sua função é levar a água para a casa de força principal, onde ficam as turbinas da usina
Impactos: tchau, árvores
Segundo a ONG Conservação Internacional, nas escavações para a construção do canal serão removidos 100 milhões de m3 de material – que encheriam 40 mil piscinas olímpicas
O projeto da usina: Força total
Com 130 m de largura, 20 km de extensão e 27 m de profundidade, o canal vai alterar o leito original do rio. Sua função é levar a água para a casa de força principal, onde ficam as turbinas da usina O coração da usina irá gerar 11 mil MW – suficiente para abastecer duas cidades como São Paulo todos os dias. Uma casa de força complementar, no reservatório do Xingu, terá potência de 233 MW
Impactos: Baixa eficiência
A usina não poderá operar a todo vapor durante o ano. No período de estiagem (seis meses), ela deverá gerar, em média, 4.428 MW – contra os 11.233 MW do projeto original
• Em torno de 13 mil índios de 24 grupos étnicos que vivem às margens do Xingu terão a pesca e a navegação prejudicadas
• Enfileiradas, as piscinas atingiriam o comprimento de 2 mil km – distância equivalente a ir e voltar de São Paulo a Porto Alegre
• Em capacidade, a hidrelétrica só perderá para Itaipu, que tem 14 mil MW

Fonte: Planeta Sustentável
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